Os antigos pedreiros maias tinham uma maneira inteligente de tornar o gesso mais resistente. De perto, a receita intemporal dos Maias de Copán assemelha-se à madrepérola.

Cientistas da Universidade de Granada (UGR) conseguiram desvendar o segredo dos antigos construtores maias, que produziram argamassas de cal e estuques de durabilidade extraordinária, preservados até hoje em excelente estado de conservação: argamassas de cal feitas com extratos vegetais. O trabalho, realizado em colaboração com a Universidade de Harvard, foi publicado hoje na revista científica Science Advances, uma das mais prestigiadas do mundo.

Os antigos maias produziram alguns dos gessos de cal mais duráveis da Terra, mas como isso foi alcançado permanece um segredo. Aqui, mostramos que os gessos maias antigos de Copán (Honduras) incluem compostos orgânicos e possuem um cimento de calcita com características meso a nanoestruturais que correspondem às dos biominerais de calcita (por exemplo, conchas).

Uma equipa de mineralogistas e geólogos da Universidade de Granada descobriu o segredo por trás da durabilidade do gesso antigo dos maias. No seu estudo, relatado na Science Advances, o grupo analisou amostras do gesso antigo e consultou descendentes dos maias para aprender mais sobre como o gesso era produzido na antiguidade.